On The Road

Saudações, galera do Rock. Sou Sandro, vocalista da THE FERRYMAN, banda de Metal carioca.

Então, eis-me aqui cumprindo aquilo que lhes prometi.


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Tive o prazer e a grande honra de conversar com um gênio. 

Um cara que mesmo levando sua carreira sob injustiças e preconceitos, conseguiu levar aos fãs do Rock e Metal aquilo que ele sempre acreditou. Para muitos, ele não deveria ter saído do Underground da Wolfsbane (banda que integrou de 1985 à 1994).

Para outros, ele colocou uma nova cara e imagem soturna a uma das maiores bandas de Heavy Metal do mundo, o Iron Maiden. Irmãos da ON THE ROAD, tenho o prazer de falar com o senhor "King of Birmingham"BLAZE BAYLEY.

ENTREVISTA VIA SKYPE.

SANDRO: " - Boa noite, Blaze. Primeiramente eu gostaria de agradecer por disponibilizar um pouco de tempo dentro da sua agenda lotada para a coluna ON THE ROAD.".

BLAZE: " - Olá Sandro, olá meus queridos amigos do Brasil e em especial do site ROCK PRA TODOS. Agradeço pela entrevista, e acima de tudo, agradeço aos meus fãs brasileiros que sempre foram e continuam sendo muito receptivos com o Blaze aqui.".

SANDRO: " - Bom, Blaze ... primeiramente gostaria de já divulgar sua agenda de shows no Brasil que acontecerá agora no início de 2013. Aqui no Rio você tocará no "RIO, ROCK & BLUES" no dia 31 de Janeiro. Tive a oportunidade de estar com você algumas horas antes do show de 2011 e vi a grande interação que você tem com seu público. Aliás, sempre que você tem uma turnê na América do Sul, você faz questão de incluir o Rio de Janeiro. Há algo de especial que te atrai nesta cidade?".

BLAZE: " - Ooooh yeah, mate (risos). O Rio de Janeiro tem algo de especial em tudo o que lá acontece. Sei que é uma cidade onde as influências do Metal não são tão grandes quanto em outras cidades do seu país, porém há uma qualidade das pessoas que curtem nosso trabalho que é fantástica.

 Já ouvi cidadãos do Rio muitas vezes reclamando que bandas mais famosas por vezes não incluem a cidade na sua agenda pelo fato de muitas vezes os shows não serem tão lotados. Particularmente acho isso tolice. Gosto do contato com as pessoas.

Gosto de sentir as pessoas comigo.
 Sandro, eu vim do Underground, e assim como você (pois me contou no último show), sabe das dificuldades que giram em torno de transformar sua imagem em algo marcante. E eu sou isso, sem vaidades ou falsa modéstia, sou somente um cantor de Metal como muitos outros e pronto.".

SANDRO: " - Você considera essa sua resposta um tipo de "tapa sem mão" naqueles que muito te criticaram na sua fase dentro doIron Maiden?".

BLAZE: " - Não guardo rancor. Cada artista tem seu público. Há gente que prefira a banda com a formação do Paul Day. Outros preferem o Dianno. Outros, o Bruce. Alguns outros preferem a mim. E é esta variação de opiniões e conceitos a respeito da sua banda preferida que faz a mágica acontecer. Me sinto até hoje lisonjeado por ter feito parte da banda. Qual vocalista não queria estar lá?!". (risos)

SANDRO : " - E por que agora trazer um show acústico?"

BLAZE: " - Na verdade, essa ideia não é de agora. Já estava pensando nesta possibilidade antes mesmo do show de 2011, mas só agora pude colocar em prática. O Thomas (Zwijsen) é um rapaz excepcional, além de um grande violonista. E também estarei acompanhado pela Anne Bakker nos violinos. Para quem ainda não pensou na possibilidade de me ver fazendo um 'Unplugged', acho que vai se surpreender com a qualidade da coisa.".

SANDRO: " - Então, 31 de Janeiro de 2013 no RIO, ROCK & BLUES contaremos com um show inovador e impactante?".

BLAZE: "- Foi você quem disse isso, uh?! (muitos risos). O que quero é deixar os fãs do Blaze felizes e mais nada. Isso me importa. Isso me move.".

SANDRO: " - Blaze, obrigado mais uma vez por dedicar uns minutinhos da sua corrida agenda para os leitores virtuais da ON THE ROAD. Você sabe que sempre foi e será merecedor do meu total respeito e consideração. Que sua turnê acústica tenha tudo para ser sucesso.".

BLAZE: " - Agradeço pela oportunidade de falar para seus leitores, Sandro. (EM PORTUGUÊS: ' - Obrigado a todos, Brasil. Vocês são os melhores.'. And thank you so damn very much. See ya there.".

E é isso aí, meus caros. Essa foi mais uma entrevista da coluna ON THE ROAD. Falamos com o Ex-vocalista da Wolfsbane e Iron Maiden BLAZE BAYLEY.

Agradeço a produção do cara e também ao mesmo pela oportunidade de nos falarmos novamente. SEE YOU ON THE ROAD, GUYS.
ROCK ON !!!!!

Olá pessoal... estou aqui de volta depois de algum tempo com a coluna ON THE ROAD. Estava com pendências do Mestrado a serem resolvidas e também com coisas relacionadas ao trabalho, mas agora voltei justamente na semana em que o empresário e dono da marca ROCK IN RIO deu a primeira entrevista de imprensa para revelar as recentes confirmações para o festival que acontecerá no ano que vem no Rio de Janeiro.

Bom, o primeiro nome que o empresário citou desde o fim do último evento foi o do cantor, compositor, violonista e guitarrista Bruce Springsteen. Medina havia já adiantado desde o final de Outubro de 2012 que as negociações com a assessoria do astro já estavam sendo adiantadas, pois ele (Medina) havia assistido o show de Springsteen em Portugal em 2011 e se surpreendeu com a performance do cantor e também com a aceitação do público.

Provavelmente o público Brasileiro não o conheça muito, mas Bruce já é grande colecionador de Grammys, American Awards e sua lista de premiações também inclui um Oscar. Ele conta também com músicas tidas como clássicas por seu fiel público, comoSTREETS OF PHILADELPHIA, DANCING IN THE DARK e BORN IN THE USA. Assim, alcançou o auge de sua carreira entre o final dos anos 70 e todo o decorrer dos anos 80.

Roberto Medina também aproveitou a oportunidade para revelar que ouviu mais o público Metal, pois são os que mais o cobram, gerando assim um caso de amor e ódio, e revelou as atrações para o público Headbanger. Estão já confirmadosSepultura Tambores do Bronx, que voltarão a fazer parte do Palco Mundo (de onde não deveriam ter saído) além da repetição do último festival Metallica e a volta do Iron Maiden aos palcos do evento. Também em Outubro do ano passado, Medina aproveitou para dizer que gostaria de trazer o Maiden de volta ao evento, pois é uma banda que já faz parte da história dos festivais realizados no Brasil e as negociações já estavam sendo feitas para trazer a banda ainda no decorrer da edição passada.

Uma questão foi levantada quanto a ter METALLICA e IRON MAIDEN no mesmo local. Especula-se que a tropa comandada por Bruce Dickinson não se apresentará na Noite do Metal, mas será a última banda do último dia, para fechar o festival de um jeito marcante. Porém, todos sabemos das rusgas envolvendo Bruce e James Hetfield (Metallica). Seria a primeira vez que ambos tocariam em um mesmo festival depois que o vocalista do Iron Maiden citou o fato de que quando eles anunciam um show é para tocar (mencionando o episódio ocorrido com o Metallica, quando anunciaram um show, chegaram a vender ingressos e tempo depois cancelaram). Então o fato do Maiden não tocar na noite do Metal seria apenas uma questão ética e de precaução.

Pois bem, satisfeitos? Depende do ponto de vista. A confirmação dessas atrações trouxe à tona mais uma polêmica envolvendo o nome ROCK IN RIO. Muitos ficaram felizes com as primeiras confirmações de bandas para a edição de 2013, mas por outro lado, muitos outros começaram a questionar o poder de ousadia deRoberto Medina sempre com repetições de atrações. Muitos fãs esperam por AC/DC, Dream Theater e outras bandas que nunca tocaram ou tocaram em poucas edições do festival. Fato é, que a cada vez que se confirma um evento do R.I.R no Brasil, há uma demanda de gente criticando e fazendo tipos de argumentos contra uma ou outra atração.

Olha, falando como músico e como quem já esteve no Rock In Rio e em outros festivais fora do Brasil, posso analisar que o público toma como exemplo algo do tipo Wacken Open Air, Download Festival e Sonisphere Festival. Porém, a ideia do Rock in Rio é agregar o Rock à diversos outros tipos de música. Muitas vezes, o que falta é agenda de algumas bandas para poderem vir ao Brasil e participarem do evento. Além do mais, ele (Medina) é malandro e traz bandas que tem um público que superlota. Burrice ou jogada de marketing trazer sempre as mesmas atrações? Cabe a cada um a resposta.

Bom, essa foi mais uma matéria da coluna ON THE ROAD. Espero que tenham gostado. Até a próxima vez.

ROCK ON !!!!!

"Olá pessoal da ROCK PRA TODOS, estamos em mais uma semana da coluna ON THE ROAD e mais uma entrevista com o vocalista de uma bandas que são consideradas pioneiras do Rock Pesado tanto no Rio de Janeiro quanto no resto do Brasil. Eles surgiram na mesma época de bandas como Dorsal Atlântica, Azul Limão, Salário Mínimo, Taurus e Stress. Estou falando da bandaINQUISIÇÃO e mais especificamente com a voz dela, uma grande voz com um feeling e timbre inconfundíveis, além de produtor musical e dono de um dos estúdios mais importantes da cidade de Teresópolis, o grande Silvio Mazzei.

INQUISIÇÃO lançou na metade dos anos 2000 o álbum ONE MORE BATTLE e em 2010 lançou o REBORN, que foi considerado um dos melhores CDs do estilo naquele ano. Agora, a banda está em estúdio para um novo álbum que promete chegar agradando a todas as vertentes do Rock Clássico.

Boa tarde, querido amigo. Bom, podemos ir às perguntas?

SILVIO: Claro, mete bronca.


SANDRO: Silvio, creio que tenha a exata noção do que tanto você contribuiu para a música em geral, não somente no Metal em si, mas também para o rock e outras vertentes ligadas. Como você, com sua experiência, enxerga o atual cenário nacional, e se pudesse mudar algo, o que faria?


SILVIO: A questão toda é a de ser ou não ser (risos). Todos querem ir na mesma onda de imitar. E é por isso que gosto das coisas mais antigas, mesmo que naquela época a produção de um álbum tenha sido algo um tanto quanto mais precário. Mas o negócio é que naquela época, o ideal não era seguir um determinado clichê, mas sim inovar, e hoje em dia vejo isso em uma banda ou outra. Ouço o Rodrigo (ex-vocal da Azul limão) cantando e vejo nele algo que foge à imitação de alguém, tem um estilo próprio. Salvo algumas bandas como Rush, a perfeição técnica não me chama muita atenção. Tem vocalistas que parecem não acreditarem em mim mesmos e nem no que cantam; não se preocupam com a coisa em si, mas com o drive e com as notas. Acho que ser original ainda vale muito a pena. E acho que hoje, com a facilidade de se gravar em qualquer lugar, até mesmo no seu próprio quarto, tornou grande parte das coisas muito artificial.



SANDRO: A Inquisição é considerada uma das gigantes bandas nacionais da década de 80. Sabemos que daquela época para cá muita coisa mudou, mas você diria que o espírito da banda mudou?


SILVIO: Ah, é uma banda de rock que é influenciada TAMBÉM pelo Metal. Eu mesmo não considero a Inquisição grande, nós sempre ficamos ali no limbo para lançar um vinil. Pegaram uma fita K-7 e botaram num vinil como Bootleg. Naquela época nós não chegamos a algo do tipo Taurus, Azul Limão, mas esse Bootleg nos rendeu um reconhecimento como algo CULT, sabe?! Agora estamos prestes a lançar o novo álbum, que estou falando em primeira mão o nome para você, Sandro ... NEXT DOOR HILL. E esse cd é uma mistura de baladas e também uma pegada mais Heavy. Temos atualmente membros com muitas influências vindas de diferentes vertentes do Rock, Blues e Jazz, e isso dá uma variedade maior ... o que é muito bom.

SANDRO: A Inquisição teve a oportunidade de abrir o show do Deep Purple no Rio de Janeiro há uns anos. Como foi abrir o show da banda que mais te influenciou?

SILVIO: Hoje eu creio nisso, pois vi as fotos do evento (risos). Sandro, não tem como descrever. Você não se imagina ser responsável por abrir o show deles, e ... com respeito a atual fase da música, não tivemos que pagar nada por isso (mais risos). Foi algo que a gente só acreditou mesmo uma semana depois. Conseguimos subir no palco e nos sairmos bem. O melhor é a gente ver o semblante das pessoas mudando e começando a nos acolher, afinal, elas estavam lá para ver o Purple. Então aquele início com “SAI DAÍ, FILHO DA PUTA” foi clássico, mas depois que os ouvi no coro de “Ô Ô Ô Ô” de INSANE WARRIOR, eu tive que dar uma pausa pra ver se era aquilo mesmo. Foi simplesmente foda. E isso nos deu novas oportunidades. Mesmo não tendo mais nossos 20 anos de idade e mesmo com nossos empregos, ainda queimamos a lenha do rock n’ roll. Pena que infelizmente poucas casas oferecem um boa produção e infraestrutura necessária para um bom show como foi o da abertura do Deep purple. Depois, a gente quase conseguiu abrir o show da HEAVEN AND HELL mas também não rolou, pois os caras decidiram por não ter banda de abertura. Foi uma pena, mas fazer o que?! É o tal negócio também: Abrir o show e a galara responder positivamente é uma coisa. Abrir o show e a galera simplesmente ignorar sua existência é algo totalmente diferente. Se você se propôs estar ali, dê o melhor de si. Não imite. Bruce Dickinson, Dio, Rob Halford ... todos chegaram lá sem ter que imitar a voz de ninguém. Tudo bem, eles tiveram suas influências. Mas não foi uma imitação.

SANDRO: Por falar em experiências musicais, tocar em Liverpool para a irmã do John Lennon deve ter sido uma outra realização na sua carreira musical?

SILVIO: Posso dizer que alcancei duas coisas excepcionais: Conhecer Liverpool (tocar lá foi um plus, claro) e conhecer pessoas que estiveram envolvidas com os Beatles. Cara, estar em contato com gente que fez parte da história da banda, estar envolvido naquela atmosfera foi algo extremamente bom. A irmã do John estava lá mais por uma campanha humanitária que ela preside, mas mesmo assim nos recebeu imensamente bem. Além de ter contato com o povo da produção do Paul Rodgers, que é outro monstro sagrado. (risos).


SANDRO: Para o pessoal que ainda não conhece bem, conte-nos mais a respeito da Peixe-Leão.

SILVIO: É um outro approach mais para a área do SOUL MUSIC dos anos 60 e metade dos 70. Faz parte de um gosto pessoal meu. Eu satisfaço vários gostos pessoais nas bandas que faço parte. Agora tô com um Jazz aqui em Terê e está sendo bem bacana. Não ligo e nem liguei para rótulos, gosto de compor e cantar. Gosto demais das minhas influências, mas curto a variedade musical.

SANDRO: Sobre a banda KRYA, em tributo aos Beatles, podemos dizer que nela é onde você mais se deixa levar por suas influências?

SILVIO: Cara, numa JAM com o Ed Motta eu conheci novos músicos e em sua maioria era de Beatle Maniacs, então a gente formou o Krya. Geralmente músicos tem aquela coisa de ter uma banda onde ele segue seus ideais e suas influências, e tem uma segunda banda, que é onde ele ganha dinheiro. Então, quando se é músico, ou ele conhece um cara que o lança para o sucesso naquela banda dos ideais, ou ele se adapta e ganha dinheiro para comer (risos). Isso é ser músico. Tem gente que segue uma ideologia e fica nela até o fim, ou ... ele consegue viver abrindo um leque de opções, às vezes tocando algo que não curte, mas que gere uma grana suficiente para manter a família. Mas posso dizer que em todas as minhas bandas, o prazer está em primeiro lugar (risos)


SANDRO: ONE MORE BATTLE e REBORN. As duas obras mais recentes da Inquisição. Levando em consideração que muitas músicas da banda na década de 80 foram traduzidas para o Inglês e colocadas no O.M.B te pergunto ... Por que não ter mantido as mesmas intactas em Português paca colocar neste álbum? Vocês as regravaram ao vivo em estúdio ainda em Português para o REBORN. Fazer o "caminho inverso" foi uma tática?

SILVIO: Na verdade eu já até havia gravado as versões em português para o ONE MORE BATTLE. Porém, foi no segundo álbum (REBORN) que surgiu o interesse maior do selo nas gravações da demo de ’87. Ele ouviu as antigas e as inéditas do Reborn, mas tivemos problemas quanto a relançarmos as originais daquela época, então fomos ao locomotiva Estúdio do nosso amigo Sidney Sohn, e regravamos todas as em Português ao vivo em estúdio, e a resposta foi muito boa.

SANDRO: Vocês agora estão com nova formação e em gravação. Em algumas conversas que tive com você, me disse que a pegada da Inquisição mudou e tá muito mais ROCK do que METAL, e claro ... sem perder a qualidade. Mas, por que decidiram isto depois de tantos anos de existência da banda?

SILVIO: Como disse inicialmente, somos uma banda de ROCK influenciada por inúmeras vertentes. Até porque os rótulos de hoje em dia são meio “diferentes” dos da minha época (risos). Já vi definição do Iron Maiden como HARD ROCK. Então, se eles são HARD ROCK, segundo alguns, por que eu deveria me preocupar com a rotulagem da Inquisição ou de alguma outra banda minha?


SANDRO: Se fosse destacar o que faltaria realizar na sua carreira musical, o que citaria?

SILVIO: Ah Sandro, acho que satisfação pessoal, eu tenho. Reconhecimento maior, é claro que queremos, mas não posso me queixar do nosso presente e do nosso passado. Então, creio que poderia destacar a grana mesmo (risos). Toco com excelentes músicos e faço o que gosto, então isso faz valer a pena sempre.

SANDRO: Você agora também tem o estúdio Serrassom, acho que todos os dias vê variados tipos de bandas. Hoje em dia, o que te faz bem ouvir? As mesmas bandas do início da sua carreira?

SILVIO: Sinceramente eu não curto essas coisas mais novas do Rock pesado. Curto coisas mais retrô. Comprei o novo CD daTANK do seu amigo Chris Dale e coloquei como referência para Masterização. É algo que me agrada muito e o Doogie White nos vocais tem uma linha que curto bastante. De 1990 pra cá eu ouvi muito mais FREE, BAD COMPANY, PAUL RODGERSprincipalmente depois da fase Metal. Mas, de verdade, quase sempre é algo relacionado a algum ex-integrante da Purple, Sabbath, Beatles, Rainbow, etc. Será que nunca gostarei de algo novo?! (muitos risos).

SANDRO:Bom, então é isso. Agradeço a você Silvio, por esse espaço concedido à ROCK PRA TODOS. Obrigado pela atenção e até qualquer dia desses.

SILVIO: Eu o agradeço pela oportunidade. Abraços.

INQUISIÇÃO é:

Silvio Mazzei – Vocais

Luiiz F. machado – Guitarra

Sidney Sohn – Teclado

Marcio Chicralla – Baixo

Wallace Cardia - Bateria




Olá galera, espero que estejam gostando das matérias e entrevistas que tenho feito aqui para que vocês possam estar por dentro do que acontece no mundo do rock e metal nacional e internacional.

 E também para que muitos conheçam grandes nomes e grandes bandas que muitas vezes não são muito divulgadas aqui em nossas terras, mas que fazem um tremendo barulho para aqueles que sabem reconhecer talentos de verdade.

E hoje eu tenho o prazer de conversar com dois caras que fazem parte de uma grande, não ... gigante banda de Thrash carioca e que vem dado uma incrível aparição internacionalmente, batendo por vezes nomes como METALLICA e TESTAMENT. Estou falando da antiga banda BÍBLIA NEGRA e que hoje em dia atende pelo estrondoso e já cultuado nome PROPHECY.

Eles que lançaram nos últimos anos o álbum LEGIONS OF VIOLENCE, ganharam as eliminatórias estaduais da METAL BATTLE, que qualifica bandas para a WACKEN OPEN AIR e que recentemente lançaram o EP "I4NI". Tenho o prazer de falar comAmaury Garcia (BAIXO) e Rogério Avlis (GUITARRA/ VOCAL).

 Muito obrigado por terem aceito dar entrevista à ROCK PRA TODOS, galera. Curto muito o trabalho de vocês, e os considero integrantes de uma das bandas mais populares do Rio, senão do Brasil.


 E me refiro a isto, pois muitas bandas que se dizem "TOP" e nem chegam a isso, recusam-se a tocar em lugares como Lonas Culturais, e vocês, que já conquistaram tanto, fazem isso naturalmente. Acho isto um belo sinal de humildade e humanidade. Parabéns. Bom, vamos lá ...

    SANDRO: Rogério e Amaury, primeiramente gostaria de dizer que ter dois dos caras que mais empurram o Thrash Nacional pelo Brasil e no exterior é uma honra para nós da coluna ON THE ROAD. Bom, primeiramente gostaria que cada um de vocês definissem este novo trabalho que está chegando, ele seria da mesma linhagem do LEGIONS OF VIOLENCE? E além disso, qual foi o retorno da demo I4NI segundo o povo que ouviu?

    AMAURY: Nós que agradecemos, Sandro. Bom, os novos sons estão mais porrada, está cada vez mais agressivo. Os riffs que o Rogério tem feito estão bem nervosos. Certamente o álbum que virá será mais pesado que o Legions, mas sem perder a característica thrash Bay Area. É Prophecy, mas um pouco mais nervoso. Acho que as letras novas estão um pouco mais maduras também. Quanto a demo, pra falar a verdade, não sei (risos).

    ROGÉRIO: O prazer é nosso em estar lhe concedendo a entrevista. As novas músicas estão um pouco mais diretas,mas algumas ainda continuam na mesma vibe do “Legions”. Eu diria até, que estão ficando mais agressivas e mais rápidas (para o nosso padrão, é claro).Temos até uma parte com Blast Beats (risos)...

    O feedback da nova demo "I4NI" está incrível. As pessoas estão comentando que as músicas estão mais maduras,e acho que isso é normal, pois a maior parte das músicas que estão no"Legions", foram criadas há 15/20 anos atrás, ou até mais, como no caso da Lying Prophets, que é de ‘87, época da Bíblia Negra ainda.

    SANDRO: Qual a maior diferença hoje em dia da atual PROPHECY daquela banda que se chamou BÍBLIA NEGRA?

    ROGÉRIO: Quando comecei o Bíblia Negra, éramos bem jovens, sem muita experiência, e as músicas dessa época eram bem mais simples. Com o passar do tempo, fomos crescendo musicalmente,e isso resultou em um trabalho mais bem feito e maduro.

    SANDRO: Vocês venceram as eliminatórias do Rio de Janeiro para tocar na WACKEN OPEN AIR há uns anos, como foi a repercussão deste feito? Além disso, vocês são caras que já estão na estrada há anos e a sonoriadade vem crescendo com o decorrer do tempo. Acham que a maturidade fez que a Prophecy ganhasse essa identidade própria ou ainda tem muita gente que continua comparando o trabalho de vocês com Slayer e afins?

    ROGÉRIO: Sem dúvidas a vitória na METAL BATTLE foi importantíssima para nós, e nos ajudou muito com o lançamento do “Legions”.

    Não esperava a reação do público no dia, pois éramos a única banda que ainda não tinha um registro oficial lançado, e a resposta do público naquele dia foi incrível, e isso se resumiu à nossa performance no palco em um dos nossos shows mais memoráveis.

    Quanto à sonoridade do Slayer, é uma banda que não me influencia em nada musicalmente (Risos), apesar de as pessoas acharem alguns toques aqui e ali de Slayer, não enxergo por este lado.Sem dúvidas, as maiores influências da banda são EXODUS e TESTAMENT, mas pode se notar algo de FORBIDDEN, VIO-LENCE, OVERKILL, METALLICA (Mais na parte da voz, eu cho) e ANTHRAX. Slayer é muito maldoso, e preferimos mais a Violência Alegre (WTF) da Bay Area (Risos Novamente). É difícil dizer que a banda tem um som próprio, mesmo porque o som que curtimos é bem peculiar, mas apesar de lembrar as influências citadas, dá para achar algo nosso, sim.

    AMAURY: Não sei se já nos compararam a Slayer. Acho que as duas maiores referências que temos são Exodus e Testament. Existem outras influências também, lógico.
  O fato do Rogério gostar muito de doom faz com que algumas músicas tenham um ar soturno, mas são rápidas. Mas se há uma coisa que possa ser vista como nossa identidade talvez seja o fato da gente tentar sempre fazer músicas com o beat pra cima. O que me chamou a atenção ao metal a primeira vez que ouvi foi a energia do estilo. Por isso, gosto de músicas com energia, que te façam querer sair correndo ou te levem a se imaginar dando porrada em todo mundo (risos). Por isso não sou muito fã dos estilos mais extremos, essa energia encontro mais no metal tradicional e definitivamente no thrash.

    SANDRO: Lembro-me de ter ido a um dos shows da Prophecy e do Amaury reportando-se ao público falando que vocês haviam batido o Metallica em uma rádio dentro da terra dos caras. Certamente isso é uma satisfação. Como anda a repercussão da banda fora do Brasil?

    AMAURY: Foi sim. Ficamos entre os 10 melhores álbuns de metal lançados em 2009, pelo que me lembro em quarto lugar, em uma rádio de metal da internet. À frente até do Testament. Isso me deixou muito feliz, mas isso não se traduz, infelizmente, em mais trabalho.
Ainda não tocamos fora do Brasil e está difícil até mesmo sair do RJ. Gostaríamos de sair tocando por aí, lógico, mas a cena está fraca. Nego paga pau pra banda cover e não dá valor às bandas autorais.
 Sem contar que existem buracos e buracos por aí, né? Você é músico também, e sabe que há muitos canalhas no nosso meio, infelizmente.
Em relação à repercussão fora do Brasil, nós tivemos o Legions relançado pela EBM records, do México. Temos recebido ótimas resenhas. Fomos recentemente entrevistados por um site italiano. A resposta tem sido boa.

    ROGÉRIO: Recebemos diariamente vários pedidos de amizade pelo Facebook, e posso dizer que 70/80% delas vem de fora do Brasil. Especialmente países Sulamericanos, que muito nos apoiam.

    SANDRO: Vejo chamadas de shows da banda, mas não tem sido muitas. Há alguma interferência do underground ou vocês estão realmente ocupados com os seus respectivos empregos?

    AMAURY: Eu ando um pouco ocupado com o doutorado, mas isso não me impede de ir tocar. O problema é que a cena está fraca mesmo. Há uns 2 ou 3 anos, haviam mais lugares pra tocar, mas parece que agora está bem difícil mesmo.

    ROGÉRIO: Todos nós temos nossos empregos, que é o que banca a banda, e essa escassez de shows se deve aos produtores do RJ mesmo, pois os produtores que faziam shows mensair pararam de faze-los... e também não achamos legal ficar tocando todo final de semana, pois acho que isso acaba fazendo o público enjoar da banda. É melhor deixar as pessoas com uma certa “água na boca” (risos).

    SANDRO: Rogério, quais são suas maiores influências na hora de tocar, cantar e compor as músicas? Amaury, a mesma pergunta para você.

    ROGÉRIO: Como vocalistas Chucky Billy(TESTAMENT);Russ Anderson (FORBIDDEN) e James Hetfield (METALLICA), apesar de eu já estar enjoado dessa banda (risos), e do seu vocal. Espero no novo álbum conseguir fugir um pouco dos "YEEEE" Hetfilianos(RISOS E MAIS RISOS), se bem que o Chucky Billytambém o faz, então ... (risos)

    Como guitarristas, não tem como fugir das influências da melhor dupla de Thrash: Gary Holt e Rick Hunolt(EXODUS); Eric Peterson (TESTAMENT); Craig Locicero (FORBIDDEN) e do DD Verbi (OVERKILL), que apesar de baixista, também é um grande compositor.

   AMAURY: Aprendi a tocar vendo Steve Harris, então, ele é o cara pra mim. Gosto muito de Geezer Butler também. Dos baixistas de thrash sempre gostei de Frank Bello e Greg Christian, mas o timbre que mais gosto é de D.D. Verni.
 O problema é que pra tirar esse timbre tem de tocar de palheta, coisa que eu estou tentando fazer agora, apenas para gravar. Ao vivo vou continuar com meu estilo natural, com os dedos mesmo. Não componho muitos riffs. Esse é o departamento do Rogério.
 De vez em quando complemento com alguma coisa, mas é raro. O que faço, geralmente, é juntar os riffs e estruturar as músicas, pois o Rogério faz muitos riffs.
 Já a parte das letras é meu departamento. Por ensinar inglês isso fica mais fácil para mim. Minhas influências como letrista vão deMille Petrozza, que sempre teve uma visão política bem interessante, à Sean Killian, que escrevia usando a voz do opressor, coisa que me dava mais raiva ainda do opressor.
 Sou muito influenciado por autores de literatura que leio, em especial Samuel Beckett. Volta e meia uso algumas frases de obras que gosto, as recontextualizando.
Há uma música nova cuja letra é toda baseada num poema do inglêsWilfred Owen, que lutou na primeira guerra mundial. Já escrevi letras inspirado por coisas que li de escritores como Shakespeare, Anthony Burgess e outros.

    SANDRO: Vocês considerariam que esta atual formação da Prophecy seria a melhor e mais produtiva desde a época da Bíblia Negra?

    AMAURY: Difícil dizer. Temos feito muitas músicas, o que é muito positivo. Mas a formação do Legions era muito boa também. Pelo menos estou feliz com a formação atual.

    ROGÉRIO: Nem melhor, nem pior. O que posso dizer da atual formação é que: foram poucas as vezes que vimos uma sintonia tão boa quanto agora. Todos curtem realmente estar na banda, ensaiar, dar o melhor de si nas músicas, etc... estamos bem de músicos, posso lhes garantir.

    SANDRO: Há mais alguma data ou local confirmado para shows da banda?

    ROGÉRIO: Dia 14 de Setembro no UNDERGROUND CULTURAL no centro com DARK TOWER e WHIPSTRIKER. E no dia 11 DE Novembro com KORZUSTEVADOM; VODKAOSe outras em Caxias.

    SANDRO: Em suas próprias palavras, o que faltaria hoje em dia para a banda para vocês poderem afirmar que está tudo perfeito e conseguiram chegar onde almejavam?

    AMAURY: Em uma palavra, sendo bem sincero, dinheiro. Nunca quis viver de música, faço isso por amor mesmo. Mas chega um momento em que você quer dar o seu melhor pro público, com equipamento de alta qualidade. Aí a gente gasta a maior grana pra poder comprar instrumentos e equipamento de primeira, sem pensar duas vezes. Não ligo pra dinheiro.
Só que pra levar esse equipamento precisamos de transporte, que nem sempre sai barato. O lance é que muitos organizadores de show por aí nem isso querem pagar. Querem fornecer um equipamento inferior ao nosso.
E nós sempre pensamos no público antes. Então levamos nosso equipamento. Mas nego as vezes nem quer pagar o transporte. Tô parecendo um reclamão, mas é porque sei que se todo mundo se unisse, o lance poderia ser melhor. Tenho um amigo que agora vive nos EUA, e ele disse que todo mundo se ajuda a sair ganhando.
Não é esse lance típico do brasileiro dando uma de malandro pra se dar bem. Se a banda é boa, nego paga, e a casa enche, e o dono da casa ganha, e o público ganha com a qualidade. Tudo dá certo.
Agora, enquanto tiver os malandros querendo tirar em cima de bandas que têm a boa vontade de ir tocar mesmo em lugares que não tem muita infra-estrutura, sem dar as condições pra banda se apresentar bem, vou continuar reclamando.
Assim demonstro minha insatisfação com esses canalhas, e mostro ao público que eles estão em primeiro lugar.

    ROGÉRIO: Estamos em nossa melhor fase. Músicos competentes e dando o sangue pela banda.

    Se conseguimos chegar onde queríamos? Acho que sim, pois todos os Reviews que saem sobre nós são positivos. Temos boa resposta das pessoas e dos críticos quanto nossas músicas. Não tenho do que reclamar. Não espero e nunca esperei viver de música. Faço aquilo que gosto e se as pessoas também acabam gostando e apoiando isso, posso me dar por uma pessoa realizada nesse quesito..

    SANDRO: Então é isso, galera ... muitíssimo obrigado por participarem de mais um papo da coluna ON THE ROAD daROCK PRA TODOS. Vocês sem dúvidas merecem todo o sucesso que conquistaram até aqui e que conquistarão ainda mais.

    ROGÉRIO: Aguardem o novo álbum que em breve começaremos a gravar, pois com certeza será um sucessor à altura do “Legions Of Violence”. Um abraço a todos os amigos que sempre nos dão muita força.

    THRASH 4 LIFE.

    AMAURY: Agradeço a todos que sempre nos acompanham, e incluí-se aí o Sandro, grande figura. Vamos começar a gravar no início de 2013, então esperem mais um álbum violento! Nos vemos nos moshpits por aí!

    PROPHECY é:

    Rogério Avlis - Guitarra & Voz

    Tauan Rithmains - Guitarra

    Amaury Garcia - Baixo

    Diego Azevedo - Bateria


Olá galera da ROCK PRA TODOS, estamos aqui em mais uma missão da coluna ON THE ROAD. Primeiramente, espero que tenham curtido nossa entrevista com Chris Dale, um cara que foi muito simpático e atencioso com nosso trabalho de divulgar e difundir a cultura rock n’ roll.

 E hoje eu tenho a honra de estar aqui com três caras que respeito demais como músicos, e que são grandes amigos, me refiro a Luis Carlos “Carlinhos”, Thiago D’ Lopes e Thiago Velásquez “Dominogorgoth” que são respectivamente baterista, guitarrista e baixo-vocal de uma banda que agora em 2012 completa 10 anos de existência, e que de uns anos pra cá tem surgido absurdamente não somente no cenário do Metal Carioca, mas também em outros lugares do Brasil e também fora dele ... 

Me refiro à banda STATIK MAJIK. A banda começou em 2002 com o Carlinhos na bateria e com Flaveus Van Neutralis nos vocais. De lá para cá a banda passou por alterações e mudanças em seu LINE-UP por algumas vezes.

 Há uns anos, lançou seu último álbum STONED ON MUSIK e agora está com o novo WRATH OF MIND no forno, sendo produzido e acompanhado de pertinho pelo grande Renato Tribuzy, que dispensa apresentações.

Thigo, D’ Lopes e Carlinhos, muito obrigado por aceitarem o convite da entrevista. É uma honra tê-los em nosso site. Bom, vamos às perguntas?

CARLINHOS: Vamos nessa, camarada!

SANDRO: em 2012 a Statik Majik faz 10 anos desde a sua primeira formação. Qual seria o segredo para obter a longevidade juntamente à qualidade musical?

THIAGO: Eis ai uma pergunta que é complicada de responder (risos). Bom, acredito que o segredo esteja na união e irmandade que sempre se estabeleceu na banda. Todos os membros que participaram da Statik Majik contribuíram muito para o seu crescimento, acrescentando elementos próprios à sonoridade da banda e criando o que conhecemos então como o Stoner da Statik Majik. Mas o segredo real esse sim tem um nome, se chama Luis Carlos o baterista da banda, que alem de fundador, idealizador, foi a pessoa que jamais deixou de acreditar em seus sonhos e levou a frente da banda durante todos esses anos, fazendo tudo pela sua paixão e dedicação à música. Esse sim é um dos grandes segredos.

SANDRO: É por aí mesmo, Carlinhos?

CARLINHOS: Trabalhar, trabalhar e trabalhar (risos) O legal é que a Statik independente da formação, nunca perdeu sua identidade. Acredito que agora nós estamos com a melhor das formações e vivendo nosso melhor momento e o resultado disso vocês verão quando ouvirem o novo CD.

D’ LOPES: Acho que se tem um segredo para o sucesso,acho que acima de tudo é haver humildade,você não pode se achar especial ou melhor por estar no palco,fazer o que gosta com amor sem exibição do ego desnecessário,acho que a humildade é o fator primordial que aproxima artista do publico e com certeza é uma forma de cativar quem curte o seu trabalho.

SANDRO: Vocês são uma das bandas que mais representa o Rio de Janeiro em outros estados e até mesmo outros países através de shows e também das vendas do STONED ON MUSIK. Partindo de um princípio de que o objetivo principal da banda em 2002 tenha sido exatamente o de conquistar o que vocês conquistaram hoje, lhes pergunto: "Como vocês enxergam a banda daqui a outros 10 anos?".

THIAGO: Primeiramente eu gostaria muito de agradecer de coração aos fãs e aos amigos da banda, porque sinceramente nada disso seria possível sem eles. Vocês são a alma do nosso trabalho!!! Sinceramente estaremos todos bem mais velhos (ohhh que lógico né? Risos). Brincadeiras a parte, espero primeiramente ainda estar vivo (risos), confesso que estou muito impressionado com o “andar da carruagem” e sinceramente daqui a 10 anos espero ter lançado pelo menos mais uns 4 discos (risos), ter feito algumas turnês e literalmente chutar o balde de vez e conseguir viver exclusivamente de música que sempre foi o meu sonho desde garoto.

D’ LOPES: iiii rapaz..daqui a 10 anos nem sei se vou ta vivo (risos),mas falando sério, acredito com toda certeza que teremos uma Statik mais madura como pessoas e músicos,mas acima de tudo,fazendo Rock'n Roll e detonando tudo pela frente. Essa é a nossa essência.

CARLINHOS: Como uma banda com mais anos de muito trabalho e que estará trabalhando ainda mais e esperando pelos 30 anos...a tendência da Statik é essa, não parar jamais, sim, nós vamos gravar mais material no decorrer dos anos, mas gostamos mesmo é de sair pra rua, comer poeira e fazer muito barulho, esse é o espírito do Rock and Roll. Nada de conquistar e se acomodar, estamos trabalhando arduamente e temos muito a oferecer pra vocês ainda, como o Thiago mencionou antes de mim.

SANDRO: Quais são exatamente os aspectos positivos ou não de começar do zero, tendo como auge em 2002 bandas cariocas comoTribuzy. E o mais incrível, ter hoje em dia o Renato como produtor da banda?

CARLINHOS: Renato é um batalhador e se tem seu nome reconhecido é porque trabalhou demais para isso, Além de nos produzir, ele também anda produzindo outras Bandas e seu trabalho novo. Além disso, é manager de artistas como Kiko Loureiro e Detonator (ex-massacration). Vimos no Renato a possibilidade de fazer com que nosso trabalho pudesse evoluir e estamos trabalhando juntos no novo CD da Statik. Ele tem sido como um quarto integrante, e futuramente, você vão sacar o fruto dessa parceria e porque nos o escolhemos.

D’ LOPES: O Renato é um cara que nem tenho o que falar (risos), o cara é uma das pessoas que mais tem visão que eu já vi. 
Ele sabe o que quer e como fazer para chegar lá e tem sido de grande importância na produção de cordas e voz do novo disco,acrescentou ideias novas ao que nós tinhamos composto ,o que ajudou a gente encontrar o som ideal para esse novo álbum que estar por vir,
alem de ser uma excelente e divertida pessoa.

SANDRO: Thiago, sei que você entrou após a produção doSTONED ON MUSIK. Como foi a adaptação? Mais que isso, como é entrar numa banda e já se deparar com shows em diversos locais?

D’ LOPES: A Adaptação foi algo que ocorreu de modo totalmente natural,eu ja havia tocado antes com o outro Thiago (Velasquez) em outras bandas antes,na verdade nossa primeira banda formamos juntos quando tinhamos entre 15/16 anos.
O lance de me deparar com diversos shows foi o inicio da realização de um grande sonho de respirar música e foi uma experiência ótima que só teve a acrescentar na minha formação como músico.

SANDRO: Vocês estão em processo de gravação de um novo álbum. O que o público de vocês pode esperar desse novo trabalho? Teremos a mesma pegada do STONED ON MUSIK ou estão preparando alguma novidade para os fãs?

THIAGO: Podemos garantir com toda certeza mais pedradas para os ouvidos (risos). Esse álbum novo conta com algumas regravações de músicas da época demo da banda e faixas completamente novas, mostrando nitidamente as características da nova formação. Mantivemos a mesma veia do Stoned On Musik, só que com melodias mais elaboradas, mais refrão e temáticas mais profundas.

CARLINHOS: Esse trabalho está mais objetivo, pois contar com uma formação estável contribui demais para isso, contrário do que aconteceu com o “Stoned on Musik”, CD do qual eu e Thiago (vocal/baixo) temos muito orgulho aliás, pois foi uma longa batalha para que o trabalho saísse. A entrada do Thiago (guitarrista) só veio a somar, e meu amigo, tenha a certeza que o novo CD será bem superior ao primeiro. Aguardem!

SANDRO: Mesmo enfrentando algumas dificuldades com relação a acertos, há a possibilidade de um show no RJ por vir?

THIAGO: Sim, e já está marcado. Em breve vamos divulgar a data e o local.

D’ LOPES: A galera tem pedido muito show nosso por aqui e estamos bem contentes de voltar a tocar em casa (risos) mas é preciso que o público faça jus ao que pediu,comparecendo no show ao invés de ficar em casa na cadeira do computador. Mas estamos com boas expectativas em relação a esse show, a galera envolvida é competente e profissional,que é algo que infelizmente falta no Rio de Janeiro,mas que nem vale mencionar ... fazemos o nosso , sem nos doer, fazemos o que gostamos e se só 5 pessoas comparecerem em algum show nosso,daremos nosso melhor,como se tivesse 5 mil, suando a camisa fazendo o que mais gosta,tocar Rock'n Roll.

CARLINHOS: A verdade é que propostas sempre aconteceram mas quase todas consideradas “furadas” para a Banda. Mas as que temos em vista são boas e irão acontecer, até porque é tocar e casa. Sempre tem algum pedido de quando nós vamos tocar, do porquê não tocamos mais por aqui, mas não é nossa culpa, aliás, eu espero que não sejam só pedidos, mas, que quando o show acontecer, as pessoas prestigiem e compareçam aos eventos porque sem isso não adianta nada.

SANDRO: Carlinhos, muita gente sabe do seu outro talento, que é a escrita. Claro que você faz isso muito bem através das letras das músicas. Mas, o que há de especial nesses poemas? Alguns são baseados em experiências vividas nas recentes viagens em turnê?

CARLINHOS: Não tem nenhuma relação direta com a música que eu faço, sim, existe arte inserida ali mas estou abordando outras formas de arte como, por exemplo, o teatro. O que ando escrevendo são experiências pessoais mas também a de alguns amigos em comum, fatos que de alguma forma eu presenciei. Tenho poesias e contos escritos, estou deixando fluir naturalmente, sem pressão...quem sabe eu lance no ano que vem, só sei que minha prioridade é o trabalho com a Statik Majik, então, primeiro as baquetas depois a caneta (risos)

SANDRO: Thiago, além da STATIK, você também está naPAINSIDE e na TRIBUZY. Como é lidar com tanta responsabilidade? E além disso, como é lidar com o fato de substituir seu Mestre IVAN GUILHON no baixo da bandaTRIBUZY?

THIAGO: Bom, vou te falar que não é um trabalho nem um pouco fácil. Mas quando você tem um sonho, um objetivo e acima de tudo ama completamente o que você faz, não existem limites. Você simplesmente mergulha de cabeça literalmente em seu sonho. É uma honra e um prazer imenso fazer parte das duas grandes famílias que são o Painside e o Tribuzy. Substituir o Ivan foi uma tarefa bem complicada, até porque encarei uma dificuldade técnica bem grande para executar as músicas do Tribuzy, tive que tirar um bom tempo estudando principalmente resistência e velocidade. Ivan Guilhon além de ter sido o meu mestre de contra baixo, foi um verdadeiro professor de vida para mim e sou eternamente grato a tudo que ele me ensinou. Confesso que minha ficha ainda não caiu quanto a estar no Tribuzy (risos), é um verdadeiro sonho se tornando realidade. Sempre fui muito fã do trabalho do Renato e está sendo realmente incrível trabalhar ao lado desse verdadeiro monstro dos vocais.

SANDRO: Thiago D’ Lopes, você tem uns projetos de vez em quando fora da banda, conte-nos mais sobre isso.

D’ LOPES: acho que quando se tem o grande sonho e objetivo de viver de música é preciso batalhar pelo que quer,a Statik Majik é minha banda principal,mas também faço gigs com outros artistas que além de ser um meio de me aprimorar como músico,acaba sendo que um grande aprendizado também,tocar com pessoas que sejam mais experientes que você. É uma grande escola. Além daStatik,toco também com a Scream For Me (cover de Bruce Dickinson) e com a banda Athena,mas sempre acaba pintando mais gigs para fazer.
Música é o que eu amo fazer,é quase que parte de mim (risos)

SANDRO: Bom, galera ... espero que tudo corra bem na preparação do novo álbum. Sucesso (ainda mais) na caminhada de vocês, pois dificuldades existem e estamos aqui para superá-las, não é mesmo?! Carlinhos, parabéns pelos 10 anos da banda e todo sucesso do mundo. Thiago, tudo de bom não somente com a Statik Majik, mas também nas outras bandas. Thiago D’Lopes ... tudo de melhor naStatik Majik, nos projetos e sorte na vida para vocêss.

Bem, essa foi mais uma entrevista exclusiva, dessa vez com a galera do Rio de Janeiro que está no Top das bandas nacionais,Statik Majik. Se curtiram, comentem no BLOG. Forte abraço, leitores da ROCK PRA TODOS.

ROCK ON !!!!!



ENTREVISTA POR TELEFONE COM CHRIS DALE (Tank/ Bruce Dickinson) na noite de ontem.
  
Banda tradicional do cenário Britânico planeja turnê, implanta novos hits e fala sobre possíveis shows no Brasil.

Olá pessoal, hoje comentarei sobre uma banda que sempre foi respeitada e tida como ícone dentro do cenário Inglês como uma das grandes representantes da época chamada NEW WAVE OF BRITISH HEAVY METAL (NWOBHM), de onde saíram nomes como Bruce Dickinson. Estou me referindo à TANK, que lançou em 2010 o álbum WAR MACHINE. Mas, antes mesmo de falar sobre o baixista Chris Dale (TANK/ BRUCE DICKINSON) me revelou, vamos conhecer um pouco mais sobre esta banda ainda não muito conhecida pelos Metalheads do Brasil.

A TANK foi criada em 1980 por Algy Ward (ex-membro da THE DAMNED), que quis implementar algo novo e que fosse uma espécie de ponto comum entre o PUNK e o METAL, e assim colocou um “Power Trio” com bateria, guitarra e o baixista como seu vocalista. A aceitação dos dois gêneros musicais veio rapidamente através do lançamento do álbum FILTH HOUNTS OF HADES, sendo um sucesso de críticas positivas na época, e assim a banda foi sustentando o sucesso grandioso no Reino Unido. Porém as frequentes mudanças no Line Up fizeram com que a TANK encerrasse os trabalhos em 1989 e ficasse intacta por oito anos, pois em 97 o próprio Ward decide apostar todas as suas fichas em turnês pela Europa e Japão até o final de 99 tocando os maiores hits da banda nos anos 80. E para a surpresa maior de todos, os shows foram lotados e com o público cantando cada música de uma forma impressionante, como se a TANK nunca estivesse ficado fora do cenário musical por quase uma década. Dessa forma, o álbum STURMPANZER foi lançado em 2002 e ficou por um bom tempo disputando acirradamente as primeiras posições das rádios britânicas com DANCE OF DEATH do Iron Maiden.

Por falar em ícones do Heavy Metal, em 2008, Ward decide chamar dois nomes de peso para completar o time de estrelas da TANK. Primeiramente DOOGIE WHITE (Ex-Rainbow) para os vocais, e em seguida CHRIS DALE (Bruce Dickinson Solo) para assumir o Baixo. E foi com ele que conversei por telefone.

Sandro: “Boa noite, Chris. Bem, já tem um bom tempo que não nos falamos, não é mesmo?”

Chris Dale“Olá Sandro, olá leitores do ROCK PRA TODOS. Realmente, tem um tempo que não nos falamos, então ... vamos começar (risos).”

Sandro: “Chris, por algumas vezes eu via você preocupado com cada lançamento de novo álbum. Muito embora todos soubessem da sua capacidade e qualidade já notadas nos trabalhos com Bruce Dickinson. Por que o nervosismo a cada coisa nova? Há algo de diferente em cada CD?”

Chris Dale“Veja, cada álbum me traz uma reação diferente, mas nunca a de tranqüilidade quando estou trabalhando nas linhas de Baixo, ou então na produção dele depois de tudo gravado. Consigo agora mesmo me lembrar do GET IN LINE, minha primeira gravação musical em uma banda de Hard Rock, em 1991. Lembro-me de olhar para o vinil, olhar a capa dele e literalmente transitar por um novo mundo ao pensar: ‘cara, sou eu ali’. É uma sensação incrível, que certamente tenha sido similar a que você teve quando se ouviu cantando profissionalmente pela primeira vez, Sandro.”.

Sandro“É, realmente é algo indescritível. Agora, Chris ... você tem noção do sucesso que a TANK está voltando a fazer em territórios Europeus e também na Ásia. Lembro que você comentou comigo no ano passado que seria o sonoplasta da MR. BIG, que inclusive passou pelo Brasil e também tocou no Budokan, no Japão. Bom, qual a diferença de peso entre essas duas responsabilidades? Como é lidar com as funções quando se está no palco, e como é lidar com elas quando se está no comando da mesa de som?”

Chris Dale“Cara, eu sou músico. Nasci músico, e estar em cima do palco para mim é transformar meus conhecimentos musicais em realidade. Quando comecei a trabalhar com o Bruce, para mim foi como se fosse uma espécie de ‘cume’ dos meus planos. Nossa, eu estava me tornando baixista de uma das maiores vozes que o mundo conhece, então ao mesmo tempo que me sentia feliz ao extremo, o peso dessa responsabilidade era imenso. Mas uma coisa me ajudou muito, eu ser eu mesmo. Não me basear nos baixistas que já haviam trabalhado com ele anteriormente e nem mesmo no Harris (embora ele seja um mestre e um espelho para os baixistas de rock no mundo). Quem sempre esteve ali foi Christopher Dale, e acho que essa coisa de ter minha identidade me ajudou bastante.”.

Sandro“E sobre as novas turnês da TANK? Você me contou que há algo a ser marcado a partir de Outubro para a Europa. Fale mais sobre isso.”.

Chris Dale:“Agora finalizamos e lançamos o novo álbum WAR NATION. A aceitação da WAR MACHINE foi excelente, inclusive no Brasil. Porém, estamos sempre em criação e colocando coisas novas para vocês. Trabalhar com o Doogie White é uma coisa excelente, pois é muito focado e dedicado no que faz, então isso transforma nosso trabalho em algo muito mais prazeroso. Quanto às datas, como você citou, em Outubro estaremos agendando coisas para a Europa e também já introduzindo músicas novas do WAR NATION nos shows. Estou empolgado e ansioso para perceber a reação do público com o novo trabalho (risos).”.

Sandro“Só para finalizar, mande um recado para os leitores do ROCK PRA TODOS e nos diga se há a expectativa de shows no Brasil.”.

Chris Dale“Olá pessoal do ROCK PRA TODOS, aqui é Chris Dale da TANK. Um grande abraço e espero que possam curtir nosso trabalho, pois ele é dedicado a vocês. Um abraço imenso para o pessoal do Brasil, pois é um público que verdadeiramente gosta de Heavy Metal e o tem quase que como religião. E, sobre shows no Brasil ... ‘WHY NOT?’ Seria ótimo. Aliás, já tem um tal Sandro Oliveira e um tal Fernando Souza nos convencendo a marcar shows no Rio (risos).”.

Sandro: “Chris, muito bom falar com você novamente. Obrigado, amigo.”.

Chris Dale“Eu que agradeço, Sandro. Boa sorte como blogueiro da ROCK PRA TODOS. Abraços.”.


Sandro Oliveira



NOVO LINE UP para SYREN


A já consagrada banda de Heavy Metal carioca liderada pelo vocalista Luiz Syren anunciou sua nova formação no começo de Agosto. Após o sucesso do álbum HEAVY METAL e a turnê sul-americana do mesmo, alguns integrantes partiram para outros projetos. Um deles foi o baterista MKult, que também trabalha na banda COLDBLOOD e na DARKARO. O último CD da banda SYREN é por muitos considerado uma grandiosa obra, pois há um peso comparado aos CDs da carreira solo de Bruce Dickinson. Perguntado uma vez sobre o porquê do nome Heavy Metal, Luiz Syren respondeu sem medo: “Ganhou este nome, pois é exatamente o que o ouvinte encontrará quando for curtir nosso som ... as verdadeiras bases do Heavy Metal.”.

   Assim sendo, Luiz definiu o novo time que se unirá a ele nas próximas gravações, e é formado por:
GUITARRA: Guilherme Siervi
 BAIXO: Bruno Coe
BATERIA: Julio Martins oliveira
VOCAL: Luiz Syren

   As expectativas são enormes, pois a proposta não é de manter o sucesso que já vem acompanhando o vocalista há anos em bandas como THE TROOPER, ATLÂNTICA, THOTEN e a própriaSYREN, mas sim a de se superar a cada trabalho.

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